Clima, Juventude e Política Posicionamentos que levamos para Glasgow – COP26

12 de novembro de 2021

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Se você acompanhou até aqui a conferência de clima da ONU, a COP26, viu que uma das atividades do Engajamundo nisso tudo, era ter reuniões com tomadores de decisão do Brasil. A gente acredita que para mudar todo esse panorama, a gente precisa de todos os atores envolvidos. E como não é todo dia que a juventude pode sentar com um deputado ali, com outro governador ali… foi aproveitar esse espaço pra que discussões importantes acontecessem com quem estava aberto, mas também que compromissos fossem estabelecidos.

Se você conhece o Engajamundo a pouco tempo, talvez ainda não tenha ouvido ou entendido, o que afinal chamamos de ‘lobby‘. Carinhosamente chamado aqui de lobby do bem. Afinal, o lobby que é mais famoso por aí, é um sujo e que nos preocupa. Grandes empresas tem feito essa atividade para garantir que seus interesses sejam aprovados e mantidos. E todo problema, meus caros e caras, está ai! Como a gente não consegue acessar esses lugares, ou porque não fomos ensinados de como podemos acessar esses atores para mostrá-los porque determinadas pautas são importantes para a população e com argumentos trazê-los pro nosso lado, cada vez mais se instaura um oceano entre sociedade civil e poder público, e não conseguimos influenciar efetivamente. Enquanto isso, os negócios fósseis (literalmente e simbolicamente) seguem seu percurso mudando o curso de diversas decisões. Por isso precisamos também nos inteirar dessa atividade e entender como juntos dialogamos, pressionamos e construímos.

Interessante né. Por isso queremos dividir com vocês também, o que foi afinal levado e defendido pelo Engajamundo esse ano a partir desse lobby. Com isso apresentamos nosso “Bullet Points” ou em bom português, os Posicionamentos e Propostas do Engajamundo em relação aos temas de negociação da COP26. Esse documento carrega as considerações, posicionamentos e propostas da delegação para os membros interessados participantes na COP26 em relação a inclusão de perspectivas de justiça climática nos temas de negociação da Conferência, cujos temas incluem Aumento da Ambição Climática, Regularização de Mercados de Carbono, Adaptação e Mitigação, Perdas e Danos e Resiliência Climática, Financiamento Climático, entre outros.

As narrativas são concentradas em discutir com diversos setores, do internacional ao nacional, enfocando-se principalmente no diálogo com os Atores Subnacionais (compostos pelos governos municipais e estaduais, universidades e setor privado) a partir do protagonismo que os mesmos têm ocupado na pauta climática, assim buscando encontrar pontos de convergência para inclusão das demandas da sociedade civil/grupos de juventude em seus posicionamentos.

Boa leitura e chama a gente para conversar aqui nos comentários ou no instagram, pra qualquer dúvida ou continuar o papo 😉

Posicionamentos e Propostas do Engajamundo em relação aos temas de negociação da COP26

Considerando que os Temas de Negociações da COP26 giram em torno de:
– Regulamentação do Artigo 6 do Acordo de Paris (mercados e créditos de carbono);
– Financiamento climático para ações de adaptação, mitigação e resiliência climática (mantimento ou aumento do valor combinado em U$100 bilhões);
– Implementação de planos de Transição para a década verde (carbono-neutralidade, Net-Zero) e recuperação econômica verde pós pandemia;
– Fortalecer os compromissos de NDCs para aumentar ambição climática multilateral à curto prazo (2025 e 2030) e longo prazo (2050);
– Common time frames – período de cobertura das NDCs;
– Transparência, Adaptação e Perdas e Danos;

Ao Brasil:
– Que regule os mercados de carbono, evite dupla contagem e science based targets e apresente uma revisão de sua NDC para que cumpra com a ambição climática;
– Que demarque terras originárias e tradicionais e áreas de preservação, fortalecendo a legislação ambiental e os órgãos de monitoramento e fiscalização, visando a preservação das florestas em pé e a proteção dos direitos humanos;
– Que desenvolva propostas para desmatamento zero, ilegal e legal, até 2025;

Aos atores subnacionais:
– Governos subnacionais protagonizem ações de adaptação dos planos de
neutralidade de carbono e desenvolvimento sustentável de acordo com as
necessidades e especificidades de cada bioma e região;
– Que implementem um plano de desenvolvimento urbano sustentável com áreas verdes e reconheça a necessidade de erradicar as desigualdades socioeconômicas a fim de proteger as populações mais vulneráveis à crise climática;
– Cidades carbono neutro até 2025, implementando infraestrutura sustentável de adaptação, mitigação e desenvolvimento;
– Estabelecimento de Compromissos Sub Nacionalmente Determinados (‘SDCs’) alinhados com a NDC buscando aumentar a ambição da mesma e determinar metas e planos que sejam condizentes com a necessidade de cada região/bioma, buscando cooperação e desenvolvimento regional.

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