Não categorizado Porque mergulhar fundo da defesa dos oceanos?

8 de junho de 2020

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Você sabia que hoje, 08 de junho, é comemorado o Dia Mundial dos Oceanos?

Os oceanos cobrem três quartos da superfície da Terra, contém 97% da água e representam 99% do espaço vital em volume. Eles sustentam a atividade econômica do mundo, fornecem boa parte do ar que respiramos e ajudam a regular o clima, sendo fundamental para a manutenção da saúde do planeta. Ufa! É muita coisa né? E de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 3 bilhões de pessoas dependem da biodiversidade marinha e costeira para a sua subsistência!

E vem cá, você acha que estamos cuidando bem das nossas águas?

Nosso objetivo é te informar sobre o impacto das ações humanas nos oceanos, para que você mobilize a sua galera para o cumprimento do ODS 14 (conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável).  Boraaaa juntinhes?!

De acordo com um estudo recente sobre oceanos publicado na revista Advances in Atmospheric Sciences, estamos diante de um momento singular na história da humanidade. Nas últimas décadas, a temperatura média dos oceanos aumentou 450%, sendo a de 2019 a maior já registrada. Conforme Lijing Cheng, líder da pesquisa, é como se os oceanos tivessem absorvido o calor liberado pela explosão de 3,6 bilhões de bombas atômicas como a de Hiroshima”.  Esse cenário provocou situações catastróficas. Segura na mão de Deus, Ogum, Javé, Buda e todo mundo pra ler o que vem a seguir.

Esse aumento da temperatura nos oceanos aliado ao derretimento do gelo terrestre contribuiu para o aumento do nível médio dos oceanos (quem disse que mudança climática é papo de futuro hein?). Como consequência, inúmeras cidades e comunidades costeiras, que já sofrem problemas com inundações, correm o risco de desaparecer embaixo d’água. Além de mortes, perda de moradia e migrações, tais acontecimentos acarretam graves prejuízos econômicos. 

Você já assistiu o documentário coproduzido pelo Engaja, ‘O Amanhã é Hoje‘? Nele, você escuta a história de Tatiana, da Ilha do Cardoso (SP): eles precisaram abandonar as casas de sua comunidade por conta da elevação do mar. Mais de 170 anos de história e relação com aquele lugar foram engolidos pelas já atuais mudanças no clima.

E quem já estudou ciências sabe que com o aumento do calor aumenta a taxa de evaporação. O resultado dessa umidade extra na atmosfera é o aumento de chuvas fortes que promovem inundações e levam a condições climáticas extremas, em particular tufões e furacões. O El Ninõ é o exemplo mais claro dos prejuízos causados pelo aumento de calor. Ele é o principal responsável pelos incêndios catastróficos que ocorreram na Amazônia, Califórnia (EUA) e Austrália em 2019 e têm causado prejuízos à pesca e a vida marinha desde 2013. Isso tudo sem falar das inúmeras vidas humanas que são perdidas nesses eventos.

Outro problema decorrente desse processo é a redução dos níveis de oxigênio na água.  Sem ele praticamente não existiria vida na terra e nos oceanos não é diferente. Os corais, considerados o berçário da vida nos oceanos, são muito prejudicados, juntamente com inúmeros organismos e espécies sensíveis à temperatura e níveis de oxigênio. E, ainda que sejam tomadas medidas para proteger esses ecossistemas agora, a tendência é que até o final deste século 95% dos recifes tenham avançado em processo de branqueamento.

Esse aumento de temperatura do oceano ocorre porque existe um processo chamado efeito estufa, que é a retenção da radiação de onda longa que o planeta retransmite de volta ao espaço para manter o equilíbrio termodinâmico, mas o aumento da concentração de gases que produzem o efeito estufa, o planeta passa a aprisionar uma maior quantidade de calor na atmosfera e esse calor eventualmente aquece a atmosfera e o próprio oceano, que tem uma capacidade térmica maior do que o restante do planeta.

Em 2015, Na 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC, em Paris, foi adotado um novo acordo com o objetivo central de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças.

Através desse acordo os países se comprometeram a reduzir a emissão dos gases de efeito estufa, que não fazem mal somente para os oceanos, e a regular a emissão das empresas, para cumprir as metas. Mas essa responsabilidade não recai somente sobre governos e empresas, todos devem fiscalizar, as empresas e governos, e a si mesmo, para cuidar dos nossos oceanos 

Resumindo tudo: se não começarem a cuidar dos oceanos, o resultado será que que o filme “2012” saíra  da ficção e se tornará realidade.  Talvez de uma forma menos dramática e cafona, mas do mesmo jeito uma realidade catastrófica.

E aí, vamos cuidar dos nossos oceanos?!

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